A Decisão!

"Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade", Walt Disney

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Muito ... pouco ... ou nada Gaja?

De facto os homens são uma raça engraçada...

Sempre que tenho conversas mais sérias com eles... pelo menos com os meus amigos homens... consigo sempre descobrir algo que ou desconhecia... ou pelo menos que não estava a ver...

Desta vez foi ontem....
Sendo que algures a meio ... na conversa ... deparo-me com a frase...

Mas tu estás tão gaja....! Tu não eras assim... Isso é mau...

De facto... C'est vrai...
Neste último ano virei muito Gaja... e em certas situações é estupidamente assustador... e o mais grave... fui-me apercebendo ao longo do tempo desta mudança mas... não entendo nem o porquê nem... qual a razão...

Hoje de manhã dei por mim a ponderar na questão... de eu estar de facto muito gaja...

Muito ... pouco ... ou nada Gaja?
Confesso que considero que... qualquer mulher deve ter um bocadinho de  macho na sua mente... sim... não é que os homens sejam totalmente impossíveis de entender mas...

se conseguirmos chegar um bocadinho mais perto daquela mente turtuosa... sempre o nosso dia fica bastante mais facilitado...

Obviamente que...
Temos que manter sempre uma parte de Gaja dentro de nós... isso é óbvio... senão tudo à nossa volta fica completamente estranho e não faz sequer sentido....

Agora...
a dúvida que assolou a minha mente durante o dia foi... quanto de gaja passa a ser excesso?

E acima de tudo...
Porquê o ser excessivamente gaja... só nos traz problemas??????

Pois...
o facto do excesso de gaja trazer problemas até eu entendo... parece que de repente todos os problemas passam a ser visíveis e de extrema importância....

não é que os problemas não existissem anteriormente...
parece é que de um momento para o outro a resolução passa a estar localizada apenas num infinito muito longíquo... e claro... o grau de importância cresce exponencialmente...

Aliás...
Qual a maior diferença em ser Muito ou Pouco Gaja????

Fácil...
As Gajas por norma preocupam-se com o mundo à sua volta... expressam esse tipo de preocupação oralmente através de palavras e gestos... e quando estão muito motivadas... até ponderam na resolução de todos os problemas do mundo e normalmente... até são bem sucedidas....

Quando é que... nos apercebemos que estamos a ser Pouco Gajas?
Literalmente quando... passamos a ignorar metade do mundo à nossa volta ... quando passamos a viver para o sofá e para a TV... aquela específica em frente ao sofá e não a outra mais pequenina do outro lado da casa... quando passamos a ter dificuldade em emitir palavras oralmente e optamos pela emissão de sons... quando... quando a vida corre de facto sempre bem e ... até parece que não existe um único problema no mundo....

Equilíbrio talvez?
Pois... Aparentemente...

Equilíbrio é a palavra do ano...
E claro que este Equilíbrio é atingido... agora... parece-me é que equilibrar tudo não é tão fácil como parece...

Mas o mais cómico... e talvez o mais preocupante...
seja o facto de alguém apenas telefonicamente... ter-se apercebido de algo que... me passou completamente ao lado... As usual!

Mau... muito mau....
Ando muito distraída....

:)

domingo, 25 de julho de 2010

Feelings.... ou algo mais?

Já aqui falei por mais que uma vez de sextos sentidos...
Se as mulheres de facto têm este sentido mais apurado ou se de facto.... os homens o não têm nada não sei mas...

O meu sexto sentido... ou o meu feeling como eu simpaticamente lhe chamo existe... e existe mesmo....

E desta vez de facto funcionou....
Engraçado que é por vezes apenas o tempo nos consegue dizer e dar razão... mesmo quando nós próprias achamos que não... que achamos que é apenas insegurança...

Mas não...
existem pequenas alterações comportamentais que se apanham... existem pequenos olhares que modificam... e o sexto sentido.... o feeling.... ou algo com um nome ainda não inventado de facto existe....

Eu no passado tive momentos de não seguir os meus instintos... por pensar naquele momento que estes instintos estariam toldados com toda uma envolvência...

Depois... passei a ouvir aquela vozinha cá dentro...
não no próprio momento da questão mas... quando tudo arrefecia e tudo passava....

Ao longo dos últimos meses...
uns dias ouvi a vozinha interior... outros dias optei por me deixar levar mas... esta vozinha de facto não se apagou e... do nada re-aparece... e quando menos se espera... eis que a vida nos prova que os nossos sextos sentidos... feelings.... ou diabo a quatro estão de facto certos!

Mas engraçado...
eu por vezes acredito que o mundo é de facto mais inteligente... não sei... gostava de acreditar que sim...

Não sei...
De facto ainda não consegui entender o porque de determinados desleixes de inteligência... enfim ...

Não sei...
ou sou eu que tenho uma mente muito maldosa e sou de facto uma pessoa que faço questão de fazer tudo "limpinho" e sem rastos ... ou as pessoas são burras ou pelo menos pouco inteligentes... ou então... estão de facto tão envolvidas que passam a ser desleixadas...

Contudo...
o bom nisto tudo é saber que sim... que o sexto sentido e o feeling estão alinhados :)

E que só faltam duas semanas para ficar de férias... finalmente! 

:)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Taras e Manias ou apenas…. Velhos hábitos?

A evolução da espécie humana é estudada desde há séculos… para não dizer mais…

Tem sido um dos temas mais amplamente discutidos e re-visitados da esfera mundial mas… tirando o facto do Ser Humano ter crescido em altura com o passar da evolução… tudo o resto é pura ilusão…

A nossa evolução como seres racionais de facto... deixa um pouco a desejar...
Quando é que as manias passam a ser taras? E quando é que apenas são velhos hábitos?

E mais grave….
Qual é o momento em que um velho hábito passa apenas a ser… um hábito e nada mais que isso?

Qualquer ser humano é um animal de hábitos… habituamo-nos a tudo… desde o cafezinho na esquina logo de manhã ao caminho que diariamente fazemos para casa, faça chuva ou faça sol mas…


Mas...
Existem momentos em que os hábitos passam a manias… existem momentos em que um dos nossos hábitos causa entropia em terceiros… e que irrita… e que faz mossa…. E que nos faz questionar tudo e todos… e nos faz repensar nas nossas próprias atitudes e decisões…

Mas…

É um hábito….
Não deixa de ser apenas … um hábito…. Nada mais que isso…
Como nos desabituamos de algo que sempre fizemos… de algo que nos faz bem e … que faz parte da nossa zona de conforto?

Pois…
Esse é o maior problema da evolução das espécies… a porra da zona de conforto passou a ser mais abrangente…parece que a bolha cresceu e cresceu com o crescimento em altura… e ….

Eu vejo por mim….

Sou um animal de hábitos… não tanto no caminho que diariamente faço mas… naqueles pequenos hábitos após colocar a chave à porta…. E sim… venha-me lá alguém dizer que o meu hábito é “x” ou “y”…. se eu sempre fiz de uma determinada forma e se sempre agi com uma determinada postura… mas porquê é que sou eu que estou errada e o mundo em geral certo?

Porque…

E isto sim eu já senti na pele e … tento diariamente me lembrar….
Não é o mundo inteiro que está errado… não sou eu apenas que estou certa….
Existem diferentes formas de agir e …é necessário existirem equilíbrios….


Sim porque…

Ao longo da evolução das espécies… e apesar de Darwin afirmar a sobrevivência dos mais fortes… existem momentos em que é necessário chegar a um equilíbrio… é necessário cedermos para alguém aceitar as diferenças como da mesma forma… é necessário alguém do outro lado aceitar as diferenças e ceder….

Serão todos os outros “não normais” apenas porque são diferentes? Nem eu quero sequer acreditar na imensidão de egocentrismo deste pensamento….
Serão todos os outros “não normais”? Serei eu apenas a normal neste mundinho?

Sim…
Possivelmente sou mas… apenas sou rainha normal no meu reino e na minha bolha porque….
A normalidade da vida não se resume apenas e unicamente aos meus hábitos… taras e manias!


Ainda bem credo!


A vida que nos rodeia é mais abrangente… não é linear ... e o que para nós é algo nada normal… pode ser normal para alguém… e não é por isso que essa pessoa passa automaticamente a ser “não normal”…

Aliás...
O considerarmos qualquer pessoa que não pensa nem sente como nós de “não normal” ou anormal não será demasiado presunçoso da nossa parte?


Não será demasiado egocêntrismo considerarmos que o mundo "normal" apenas pensa como nós e que tudo o resto é paisagem?


Não sei...


Taras e Manias ou apenas…. hábitos? Velhos hábitos talvez... Para sempre a questão….

:)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Decisões certas ou erradas?

Era um Sábado igual a tantos outros…
Aliás... até não era... era suposto ser um sábado especial.... um regresso de férias de sonho e uma refeição suposta ser romântica...


Até o empregado de mesa apanhou a magia no ar....
E foi sorrindo ao longo de toda a noite até aquele momento... até aquele segundo em que as palavras foram proferidas...

“Ainda não estou preparado... ainda não estamos preparados” ouviu-se na sala e de repente... todo o som da música de fundo desapareceu....

olhei em volta e tudo tinha mudado....
as cores da sala mudaram drasticamente de cor.... tudo estava gélido e em silêncio como se em um segundo eu tivesse ficado surda....

Não consigo respirar...
sinto-me ofegante como se todo o oxigénio do ar tivesse sido sugado... sinto um aperto no coração.... preciso de oxigénio!


Levanto-me e vou para a rua ...
Entro de repente no frio da noite... noite escura sem luar...
Encosto-me ao lancil das escadas e pego no telefone... ao som de um “Oi” do outro lado fico em silêncio... após um “que aconteceu?” falo e peço conselho...

Sabia que naquele momento todo o discernimento tinha-se evaporado... assim como o tapete aos meus pés...
Precisava de uma racionalidade por perto... precisava de uma voz que se fizesse ouvir no silêncio da noite...

“ok... tens razão... talvez seja o mais acertado neste momento” digo eu...
“Ficas bem? Liga-me... a qualquer hora... aliás... ligo-te daqui a 30 minutos...”
“está bem... vou entrar agora... ” suspiro num efémero som e subo as escadas e entro...

Entro no restaurante e tudo estava diferente...
A comida deixou de ser agradável ao paladar...
A vista passou a ser uma mancha no horizonte...
O empregado olhou-me nos olhos e ... nem som conseguiu emitir... talvez não saiba o que aconteceu mas... conseguiu sentir o desaparecer da magia e do olhar ternurento...

Passado algum tempo... “Vamos embora?” digo eu...
E...
Levantamo-nos da mesa e fomos embora...

Hoje...
Umas semanas depois ainda penso nessa noite...
nessa noite em particular no meio de tantas outras noites... ainda penso nas razões ... as razões alegadas ainda ressoam na minha cabeça...

Se foi a melhor decisão?
Acho que nunca conseguirei ter esta resposta... talvez sim... talvez tenha sido a decisão mais lógica e mais correcto no momento mas... foi uma decisão pontual que em nada correspondeu ao histórico...

Ou talvez corresponda ao histórico se a análise for fria e calculista mas... nem tudo se pode resumir a uma regra matemática de adição ou multiplicação...


Neste momento os porquês deixaram de ser importantes...
Neste momento as razões deixaram de fazer sentido...

Se a decisão foi a mais certa ou a mais errada... nunca saberei e talvez...
esteja no momento de deixar de pensar... de tentar descobrir...

Como dizia há uns dias... Tenho... temos ... todo o tempo do mundo...
Mas será que... é suficiente? Será que vai ser suficiente?
Uns dias diria que sim... que é mais que suficiente...
Outros dias... sinto que não... que nem todo o tempo do mundo vai ser suficiente para todas as respostas....

Enfim...
Divagações atoladas num calor infernal... devo estar com o cérebro empapado ....!

Socorro...
quero de volta os tépidos 25 grauzinhos....

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Tenho todo o tempo do mundo!

Desligo a chamada e olho-me ao espelho... e
Não me reconheço...

Aliás...
pior... estou a reconhecer... não a minha pessoa mas os sinais...
estou a reconhecer os detalhes...

Estou a reconhecer as sensações... e relembro...
Relembro o CD que começou a tocar há dois dias no carro... e lembro-me da intolerência à musica... a intolerância que senti aquela música que sempre me acompanhou nos maus momentos...

Corri o CD todo... e tentei encontrar o som menos intolerante...
Ouvi a mesma música os 35 quilómetros que me separavam do destino... uma música que durante anos nunca tocou... não porque não seja uma música fantástica mas ... apenas porque... o meu ouvido ficava sempre 13 músicas antes....

E entendi e senti-me estranha...
Aquela música que sempre foi o porto de abrigo deixou de ser... aquela música que sempre me acompanhou em tantas viagens e tantos momentos... passou a estar associada a momentos em particular que já nem fazem sentido relembrar...

E hoje olho-me ao espelho...
E tento ver quem está do outro lado... mas não me assusto...
reconheço quem é... mas confesso que nunca pensei que voltasse... nunca pensei que existissem mais situações que subissem novamente tanto o muro...

Mas...
quem está do outro lado do espelho existe... e não pode ser negligenciada...
Não é sequer prudente fingir que não existe... fingir que se vai embora...
O nível de inteligencia é demasiado alto... o número de questões por responder também...

E a experiência diz-me ...
O passado de repente é relembrado... não na sua totalidade mas apenas... são relembrados aqueles momentos semanais... aqueles momentos de escape que... passaram com o tempo a ser mais que um escape..

As vivências dizem-me que...
quem está do outro lado do espelho apenas se irá embora quando todas as
 questões forem respondidas...

Eu sei que...
quem eu vejo apenas regressa ao espaço vazio quando o chão voltar a ser seguro...

Tento relembrar soluções e acções...
Mas sinto que ainda é cedo... sinto que ... e sei que... as quedas demoram um certo tempo a curar....
Todas as quedas têm cura... umas com antibióticos... outras com o oxigénio do ar mas... em todas as quedas as pernas encontram forças para andarem de novo....

Agora sinto-me bem...
Olho novamente o espelho e reconheço o olhar espelhado... reconheço a força dele e... a postura dos olhos...

Olho para o relógio e esboço um sorriso e recordo...
Recordo aquela frase tantas vezes dita em tantas situações...
Tenho todo o tempo do mundo!

Agora sei... No passado não sabia... 
Agora sei que sim... que Tenho todo o tempo do mundo!

Agora sinto que sim...
Sinto que Tempo é algo que existe... Tempo é algo que é necessário...

Recordo novamente aquela música...
Lembro-me dos momentos dessa música e já me consigo lembrar de todos eles...
Já me consigo recordar o porque daquelas 13 faixas nunca passarem...

Sim....
Com ou sem antibiótico... a ferida no joelho vai sarar!

Maldita queda da bicicleta... chega uma pessoa aos 34 anos para se sentir ridícula debaixo de um velocípede de duas rodinhas!

Boa semana!